Bolsas em palha de ouricuri, produzidas pela artesãs do povoado Alagamar em Sergipe. "Nas mãos femininas dessa comunidade, a palha da Ouricurizeira se transforma em peças de artesanato que já ganharam o mundo.O povoado, que é remanescente de quilombo, fica às margens do rio Brito e faz fronteira com os municípios de Japaratuba e Pacatuba." Para saber mais sobre a produção das cestarias de Alagamar, clique aqui.
As bolsas são estampas a mão livre, com reproduções de detalhes de grafismos rupestres de sítios arqueológicos da região de Xingó, localizada no sertão nordestino na confluência dos estados de Sergipe, Bahia e Alagoas.
Cada peça representa um sítio arqueológico diferente e traz consigo informações sobre as pesquisas realizadas sobre o mesmo. Vista história, use Opará!
Bolsa de Palha M (Cestaria)
Esse tipo de artesanato possui uma infinidade de técnicas e uma variedade de formas, espessuras e composição material. A arte encontrada nos trançados da cestaria revela um fazer secular, com peças, geralmente criadas, segundo sua função.
A cestaria começou a ser usada como utensílio doméstico. Sua origem se confunde com os períodos mais arcaicos da civilização. A técnica foi enormemente utilizada pelos índios na fabricação de cestos para transportar objetos ou armazenar alimentos. Com a comercialização, os índios passaram a fabricar outros tipos de peças de fundo decorativo como pulseiras, colares e armadilhas para pesca.
No Brasil, a cestaria surge em todas as tribos indígenas, devido à acessibilidade e abundância de matéria-prima. Para os índios, o fato de o trançado estar diretamente ligado à sua utilidade não diminui seu valor simbólico e narrativo.
A influência da cultura negra fez do bambu, cortado em tiras finas e delgadas um material para produção de cestos e balaios. Das palmeiras surgiram redes, esteiras e abanos que fizeram o conforto das sinhazinhas, diante do calor tropical. A utilização da tinta, tirada das sementes e da cebola fervida, deu ao artesanato um colorido novo que passou a habitar as vitrines das lojas de artesanato, recebendo elogios e espalhando a técnica em vários pontos de cultura. (Fonte: https://www.ufjf.br/arquivodenoticias/2013/02)